O que é FIDC e como funciona?


O que é FIDC e como funciona?

Existem diversos tipos de fundos de investimento, e muitos deles, possibilitam aportes acessíveis e atraem a atenção de diversos investidores. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), apesar de serem pouco conhecidos até mesmo para quem já entende mais sobre renda fixa, são aplicações muito valiosas no mundo dos investimentos. Os FIDCs destinam uma parcela de seu patrimônio líquido para aplicação em direitos e títulos representativos de créditos (direitos creditórios) que surgem de operações comerciais, imobiliárias, industriais, financeiras, de prestação de serviços, entre outras. Funcionando como uma união de diversos investidores que possuem a mesma visão, é uma excelente opção de investimento dependendo de cada perfil e objetivo.  

 

Um ponto importante a ressaltar é que todas as empresas possuem contas a receber que, em alguns casos, podem ter um longo prazo de vencimento, ou seja, demoram para cair no caixa. A partir disso, estes fundos servem como forma de adiantamento dessas contas para que as empresas tenham dinheiro em caixa em menos tempo.  

 

Pode-se dizer que o FIDC é um fundo tradicional, que consiste em reunir recursos financeiros de seus investidores para consolidar uma estratégia de investimentos definida pelo gestor responsável. Por lei, um FIDC precisa ter, no mínimo, 50% do patrimônio líquido aplicado nos direitos creditórios, mas o restante pode ser distribuído em outros ativos.  

 

O valor investido é baseado em uma taxa previamente acordada, assim o investidor saberá exatamente quanto receberá no fim da aplicação e mesmo sendo um investimento de perfil conservador, o FIDC pode trazer rentabilidade excelente, principalmente pela aplicação mínima inicial exigida. Por isso, quem investe nesses títulos concede à empresa uma vantagem de aumento de caixa no curto prazo e é remunerado com um rendimento pré-definido. Nos períodos em que a taxa Selic se encontra mais baixa que o normal ou em possível queda prevista, os FIDCs vêm ganhando certa atenção de investidores que se preocupam com a rentabilidade de seus investimentos justamente por ele ser uma alternativa para buscar uma rentabilidade maior. 

 

 

Por ser um tipo de investimento mais sofisticado e exigir uma análise mais criteriosa, é preciso analisar bem e se perguntar: Como funcionam os FIDCs? 

 

Como a remuneração deste fundo é baseada em uma taxa pré-acordada, ele pode ser constituído de forma fechada (quando há um prazo específico para resgate) ou de forma aberta (quando é permitido realizar o resgate dos ativos independente momento, levando em conta e respeitando as regras de liquidez do fundo).

São as instituições financeiras que constituem o fundo e vendem cotas dos FIDCs para captação de recursos, e assim sendo, seus investidores são chamados de cotistas.

 

Além disso, a carteira de um FIDC pode ser composta por duas classes de cotas: 

 

Cotas Seniores, onde o cotista tem a preferência no recebimento do valor do resgate. O objetivo desse tipo de cota é buscar uma rentabilidade linear. 

Cotas Subordinadas, onde o cotista receberá seus rendimentos somente depois que os cotistas seniores receberem, sendo assim, ele assume o risco sobre a inadimplência. Se por acaso acontecer uma situação em que o cotista sênior deixe de investir por qualquer motivo, o cotista subordinado também corre risco de ser prejudicado, mas se por ventura a rentabilidade do cotista sênior for maior que a prevista, o lucro do cotista subordinado também será maior. 

 

Vale destacar a importância de entender mais sobre a tributação. Basicamente, ela segue a tabela regressiva de IR. Confira abaixo: 

 

Resgates realizados em até 180 dias: tributação de 22,5%

Resgates realizados entre 181 e 360 dias: tributação de 20%

Resgates entre 361 e 720 dias: tributação de 17,5%

Resgates acima de 720 dias: tributação de 15% 

 

Tais fundos são controlados por diversas instituições, o que gera uma fiscalização e uma segurança maior do que em outros fundos. Lembrando que por não estar disponível a qualquer pessoa, é preciso que o interessado seja, ou procure um profissional da área para poder realizar tais investimentos. É preciso que o investidor esteja classificado como profissional ou tenha uma certificação da CVM de registro de agente autônomo, analista, administrador de carteira ou consultor de valores mobiliários. O investimento inicial precisa ser de, no mínimo, 25 mil reais e a pessoa física ou jurídica precisa provar, por termo assinado, que possui mais de 1 milhão de reais aplicado em investimentos. 

 

Pelo fato de a estrutura deste fundo ser muito bem dividida, o FIDC acaba sendo mais eficiente e também menos burocrático que os outros tipos de fundo de investimento em renda fixa. Vale sempre lembrar que conhecimento é a melhor forma de tomar boas decisões de investimento.   

 

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