Se você ainda não ouviu falar a respeito dos FIMs, saiba que eles fazem parte do que chamamos Fundo de Investimento, assim como diversos outros, como, por exemplo, FIDCs e FIPs. Isso quer dizer que ele é uma aplicação financeira, da mesma forma como o CDI, CDB, tesouro IPCA entre outros. Eles são considerados excelentes soluções, e justamente por possuírem grande flexibilidade, são considerados um dos fundos mais interessantes, principalmente para quem busca diversificar a carteira de investimentos de forma prática, investindo em moedas, juros, ações, renda fixa e até mesmo investimentos internacionais. Uma de suas maiores vantagens é sua janela de oportunidades que reúne em um só produto, várias categorias de ativos que podem garantir uma boa rentabilidade, mesmo quando os juros das aplicações de renda fixa despencam e se tornam menos atrativos.
Essas carteiras são sempre vistas à frente no ramo de investimentos, pois permitem que o gestor tenha uma variedade de estratégias, que provocam uma alavancagem mais rápida no mercado, oferecendo a possibilidade de que em um mesmo ano, alguns fundos apresentem um retorno superior ao de outros da mesma categoria.
Nessa categoria de aplicação, você não tem uma participação ativa, pois tais fundos só podem ser administrados por um profissional ou por um grupo de especialistas, e suas aplicações são feitas em diferentes modalidades de investimento, variando conforme o risco proposto e com o ativo em que está sendo cogitado, ou seja, por mais que seja uma ideia um pouco intimidadora no começo, um gestor especializado ficará inteiramente responsável por aplicar o seu dinheiro, assim como mudar a composição da aplicação quando bem entender, claro, após analisar quais são os melhores ativos conforme a estratégia a ser adotada no fundo, e com o cenário econômico no momento.
Essa categoria de fundo é muito mais recomendada para investidores que possuem objetivos visando o longo prazo e perfil de investidor moderado ou arrojado, que esteja aberto à maior exposição ao risco em troca da possibilidade de uma maior rentabilidade e estão dispostos a distribuir o capital em várias alternativas oferecidas.
Por serem um pouco mais complexos, se comparado às outras classes do mesmo segmento, os FIMs requerem mais experiencia e um conhecimento mais aprofundado na área dos investimentos por parte dos interessados.
Os Fundos Multimercados, assim como outros do mesmo segmento, constituem 4 funções que são o destaque da categoria.
A primeira, é a do administrador, sendo justamente o profissional ou empresa que toma todas as decisões que envolvem o fundo em questão, fazendo análises, acompanhando o fluxo de caixa, e procurando sempre as melhores saídas para possíveis imprevistos que envolvam os direitos dos participantes do investimento.
A segunda função é a do gestor, e nesse caso, ela é representada pelo responsável em cuidar das negociações de compra e venda dos ativos que fazem parte do fundo. Todas as decisões a respeito de quais ações ou títulos investir em determinado momento, são tomadas exclusivamente por ele, podendo haver um comitê especializado em economia com outros gestores que ajudam na tomada dessas decisões.
A terceira é a do custodiante, que é, na maioria das vezes, uma empresa contratada previamente para guardar os ativos em segurança e terceirizar a confirmação da compra ou venda dos ativos que o gestor assim escolher.
Por último temos a função do distribuidor. Ele é o responsável por se relacionar com quem investe diretamente, no fundo, tirando dúvidas e respondendo às perguntas sobre os rendimentos, variações, tributações e outras.
Como qualquer outro fundo de investimento, os FIMs também possuem custos envolvidos. A taxa de administração é a mais comum, mas também existem outras que podem ocorrer em casos específicos. A taxa de saída, por exemplo, é solicitada quando o cliente quer readquirir o dinheiro investido antes do prazo definido. O IOF é uma taxa padrão e muito conhecida, cobrada quando os clientes retiram dinheiro de algum investimento antes do prazo de 30 dias da aplicação. E a taxa de desempenho, cobrada apenas quando o investimento gera um lucro para o investidor acima do que foi previsto no mercado.
A tributação dos FIMs é sempre proporcional ao prazo de aplicação contabilizados em dias, ou seja, quanto maior for o prazo, menor é a alíquota a ser paga.
É possível classificar essa tributação em curto e longo prazo, facilitando o entendimento:
Curto prazo: é cobrado o imposto de renda de 22,5% em aplicações feitas por até 180 dias e de 20% em aplicações feitas por 181 dias ou mais, com limite de 365 dias.
Longo prazo: é cobrado um tributo de 22,5% em aplicações feitas por até 180 dias, 20% em aplicações feitas de 181 a 360 dias; 17,5% em aplicações feitas de 361 a 720 dias, e 15% em aplicações feitas por 721 dias ou mais.
Existe também o chamado “come-cotas”, sendo basicamente a parte do Imposto de Renda que o governo recebe de forma antecipada a cada seis meses.
Analisar seu perfil de investidor e seus objetivos é o primeiro passo e também o mais importante antes de escolher um fundo multimercado.
É importante também prestar atenção em todas as taxas que podem ser cobradas, buscando o máximo de informações sobre o fundo de interesse. Uma boa dica é estudar o desempenho que ele teve ao longo dos anos e fazer uma análise dos resultados para saber se foram realmente satisfatórios.
Muitas vezes, é possível observar estratégias adotadas pelo gestor que podem trazer maiores riscos para a aplicação, por isso é importante sempre estar atento ler com cuidado o regulamento do fundo.
Antes de se escolher um fundo multimercado, é importante analisar a volatilidade e a liquidez, pois são aspectos que ajudam a entender melhor o funcionamento daquele investimento, e se ele se adequa às suas perspectivas e estratégias, mesmo se os riscos forem mais altos do que os que você está acostumado a lidar.
Os fundos multimercados possuem riscos que variam bastante, mas Graças à flexibilidade que permitem, fazer com que os investidores possam realizar aplicações tanto de renda fixa quanto de renda variável, existindo uma variedade enorme de padrões de rentabilidade assim como os fundos de renda fixa, oferecendo diversas alternativas com baixo nível de risco.
Em todos os investimentos é possível encontrar os considerados mais agressivos, mas isso não pode ser visto como uma regra nesse caso, pois da mesma forma que é possível encontrar FIMs que podem ser mais arriscados até mesmo que alguns fundos de ações, também é comum encontrar opções que possuem um risco considerado baixo e com uma rentabilidade boa.
Existem também os fundos moderados e arrojados voltados para investidores que possuem esses perfis. O objetivo então é sempre o longo prazo nesses casos, e a busca por uma rentabilidade que se diferencie dos demais para melhorar a construção da carteira de investimentos.
Sem dúvidas, os FIMs são alternativas perfeitas de diversificação para todos as categorias de investidores que entendem os riscos e já possuem outros investimentos mais conservadores, mas estão prontos para arriscar um pouco mais.
Existem regras bem específicas já citadas, que fazem com que os FIMs se diferenciem de outros fundos de investimentos. E mesmo com prazos de carência, regulamentos que estabelecem prazos um pouco mais longos de resgate das cotas e documentos que especifiquem a data de conversão e de pagamento (bem comuns em fundos desse tipo) ainda são uma opção a ser considerada por todos os investidores que buscam novos meios de aumentar a rentabilidade.
De qualquer forma, é essencial conhecer os fundos disponíveis para tomar as decisões certas a respeito de qual investimento escolher, lembrando de sempre considerar que fundos multimercado são pensados para quem pretende deixar o dinheiro aplicado por um período um pouco mais longo de tempo, e sempre com a consciência de que podem existir prejuízos (como em qualquer outro investimento).