FIMs: Principais tipos, vantagens e desvantagens

Já parou para se perguntar quais são as vantagens de investir em um fundo multimercado?  
 
As vantagens são muitas, e nesse fundo específico, o investidor pode garantir uma maior diversificação de sua carteira, já que essa categoria de fundo tem uma política de investimentos muito mais ampla que outros de renda variável.   
 
Com sua flexibilidade, ele se adapta a diferentes momentos de mercado. Por serem mais voláteis, geralmente são mais indicados para investidores com perfil moderado ou arrojado e agressivo. Existem também, muitas estratégias de investimentos nos próprios fundos, e justamente por isso, a Anbima criou uma classificação que permite agrupar os fundos de acordo com suas características principais, facilitando no entendimento dos investidores.  
 
Os fundos balanceados possuem uma estratégia de alocação pré-determinada, deixando claro a diversidade de investimentos nas várias classes de ativos, incluindo também os deslocamentos táticos e políticas de rebalanceamento explícitas, além disso, eles não admitem alavancagem.  
 
Os fundos dinâmicos, têm uma estratégia de alocação, mas não necessariamente se comprometem com um arranjo pré-determinado de ativos, pois são mais flexíveis que os balanceados. Eles podem reagir às condições que o mercado apresenta e também ao horizonte de investimento, admitindo alavancagem.  
 
Existem os fundos livres, que não têm um compromisso de concentração em uma estratégia específica de investimento. Incluem uma grande variedade de possibilidades para os investidores, sendo apresentada como uma das categorias que possuem um dos maiores volumes de investimentos entre todos os multimercados.  
 
Os FIMs macro, são chamados assim, pois realizam operações que se utilizam de estratégias baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos.  
 
O trading é provavelmente um dos mais conhecidos e vem ganhando um grande destaque no cenário atual, pois são fundos que exploram oportunidades de ganhos a partir de movimentos de curto prazo nos preços dos ativos.  
 
O FIMs long and short, possuem dois tipos dentro de suas respectivas categorias, sendo a categoria direcional e a neutra. A direcional consiste em operações de ativos e derivativos ligados exclusivamente ao mercado de renda variável, montando posições compradas e vendidas com o objetivo na diferença dessas posições. Já a categoria neutra, apesar de também montar posições compradas e vendidas com ativos e derivativos ligados ao mercado de renda variável, têm o objetivo de manter a exposição financeira líquida limitada a 5%.  
 
Os juros e moedas focam em ativos de renda fixa com risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira, buscando retorno no longo prazo, não possuindo exposição a ativos de renda variável como ações.  
 
Chamados de fundos de capital protegido, geralmente buscam retornos em mercados de risco procurando proteger, total ou parcialmente o principal investido.  
 
São chamadas estratégias específicas, aquelas que implicam riscos específicos, como, por exemplo, commodities ou futuro de índice.  
 
Os investimentos no exterior são uma das maiores categorias de fundos multimercado, e para serem classificados dessa maneira, devem investir pelo menos 40% do patrimônio líquido em ativos financeiros no exterior.  
 
O nível de risco dos multimercados varia conforme a estratégia de investimento adotada em cada um e também com as categorias de ativos incluídos na carteira. Uma característica importante dos multimercados é que não precisam se sujeitar aos limites de concentração por emissor para investir em alguns ativos, como ações. Respeitar esses limites são uma exigência para os fundos em geral.  
 
Ficando livres de uma forma que possam concentrar as aplicações, os multimercados devem prever essa possibilidade em um regulamento prévio e nos termos de adesão que são disponibilizados aos investidores. Verificar qual é a aplicação inicial dos multimercados que você estiver avaliando é também um ponto muito importante para definir se você terá condições de aplicar nos fundos em que está analisando. O valor montante varia muito segundo o nível de sofisticação e o risco da carteira.  
 
Estudar o desempenho passada do fundo é altamente recomendado, e pode ajudar o investidor a identificar como o fundo se comporta em períodos distintos, preparando-o para encarar os altos e baixos das cotas. A forma que o gestor se comporta em momentos de crise também pode ser avaliada, e isso ajuda no momento da verificação de sua competência para o trabalho.  
 
Vantagens e desvantagens  
 
Assim como todas as categorias de investimentos, os FIMs possuem suas vantagens e desvantagens. Eles são considerados por muitos como um dos investimentos mais vantajosos, pelo fato de o investidor ter acesso a uma carteira com uma grande variedade de ativos em diferentes classes sem a necessidade de fazer vários investimentos.  
 
Além disso, o investidor pode contar com a gestão de um profissional especializado que pode acrescentar novos ativos com um desempenho positiva em um dado momento, ampliando os ganhos da carteira. E com a flexibilidade dos fundos multimercado, muitas estratégias de investimentos podem ser utilizadas, possibilitando que o gestor mude de aplicação com facilidade caso perceba que ela não está funcionando.  
 
Um ponto que pode ser considerado negativo, são os prazos de resgate dos multimercados, que podem ser mais longos que os de outros fundos, fazendo com que o investidor encontre dificuldades caso precise de dinheiro.  
 
Lembrando que também são cobradas taxas para remunerar as instituições envolvidas na administração da carteira, sendo o principal custo, a taxa de administração, que existe em todos os fundos e incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor. A taxa é feita diariamente e de maneira proporcional, sendo divulgada como um percentual anual. 
 
Outro custo comum nos multimercados é a taxa de performance, que é baseada nos resultados e equivale a um tipo de bônus pago ao gestor caso ele entregue uma rentabilidade maior à de um índice de referência.  
 
Em resumo, os FIMs são investimentos para quem gosta de mesclar os mercados, sempre visando um retorno mais significativo, com a possibilidade de distribuir seu patrimônio nas diferentes vertentes do mercado financeiro. Os fundos multimercado agradam quem gosta de ter uma carteira variada e não se importam com um pouco mais de risco na hora de investir. Possuem maior liberdade para alocação e requerem um conhecimento mais aprofundado por parte do investidor sobre o produto.  
 
As aplicações podem ser desde as mais conservadoras até as mais arriscadas. Por isso, esse fundo é considerado um investimento para aqueles que visam o médio prazo, com interesse em uma rentabilidade maior.   
 
Pensando no longo prazo, os fundos com alto nível de volatilidade são opções melhores, porque eles costumam prever prazos de resgate maiores, entre outras razões. Uma boa alternativa para as economias que servirão para adquirir um imóvel no futuro, por exemplo. É preciso estudar a fundo para conhecer todas as diferenças entre os FIMs, por mais sutis que sejam, e ter certeza de que está familiarizado com os riscos e possibilidades que esses investimentos disponibilizam antes de realmente alocar o seu patrimônio.